Dinheiro é emocional: Como suas crenças estão sabotando suas finanças

Você já se pegou dizendo “não sou bom com dinheiro” ou “dinheiro só serve para dar dor de cabeça”? Se sim, saiba que você não está sozinho. Mais do que números ou planilhas, o dinheiro está profundamente ligado às nossas emoções e crenças.

Muitas vezes, a forma como lidamos com o dinheiro tem mais a ver com o que acreditamos sobre ele do que com quanto ganhamos. Neste post, vamos entender como essas crenças se formam, como afetam suas decisões financeiras — e, principalmente, como você pode virar esse jogo.

Crenças financeiras são ideias que você carrega, consciente ou inconscientemente, sobre dinheiro. Elas se formam ao longo da vida, especialmente na infância, observando o comportamento dos pais, escutando frases repetidas e vivenciando situações de escassez ou abundância.

Frases como:

  • “Dinheiro não traz felicidade”
  • “Quem é rico é porque fez coisa errada”
  • “Eu nunca vou conseguir guardar dinheiro”

Essas ideias moldam seus hábitos e até limitam suas possibilidades. Elas podem estar sabendo ou não controlando suas escolhas hoje.

Pare um momento e reflita:

  • O que você escutava sobre dinheiro na sua infância?
  • Qual é a sua primeira reação emocional ao pensar em finanças?
  • Você se sente culpado(a) ao gastar com algo que gosta?

Exemplo real: Carla Magrinni, 35 anos, relatou que sempre se sentia desconfortável ao investir em cursos. Ao refletir, percebeu que cresceu ouvindo que “estudar demais era gastar dinheiro à toa”. Isso travava seu crescimento profissional — e financeiro.

Não são só as crenças — nossas emoções diárias impactam diretamente o que fazemos com o dinheiro. Ansiedade, frustração, medo, raiva… tudo isso pode nos levar a gastar por impulso ou evitar decisões importantes.

  • Gasto por recompensa: “Tive um dia péssimo, mereço esse presente”.
  • Evitar olhar a conta bancária por vergonha ou medo do que vai encontrar.
  • Adiar decisões importantes, como renegociar dívidas, por insegurança.

Reconhecer esse padrão é o primeiro passo para mudar.

1. Questione: isso é verdade ou só algo que ouvi?

Nem toda “certeza” sobre dinheiro é real. Muitas são generalizações ou heranças emocionais que não se aplicam mais à sua vida.

2. Reescreva a narrativa

Troque “nunca consigo guardar dinheiro” por “estou aprendendo a guardar mesmo que seja pouco”. O foco muda da culpa para a ação.

3. Crie novos gatilhos positivos

Associe o controle financeiro a sensações boas, como liberdade, tranquilidade ou conquista. Faça do “momento das finanças” um ritual leve, com música, café ou até uma pausa gostosa.

4. Busque apoio

Conversar com pessoas que também estão nessa jornada (ou até com um terapeuta financeiro) pode te ajudar a entender e superar seus bloqueios.

Quando você muda sua relação com o dinheiro, tudo muda. Não se trata de ganhar rios de dinheiro, mas de cuidar com mais consciência e menos culpa.

“A maior virada na minha vida foi quando percebi que o problema não era o valor do meu salário, mas a forma como eu lidava com ele”, comenta o educador financeiro comunitário José Mascarenhas, 42 anos, ex-endividado.

Lidar com dinheiro é também lidar com a própria história, com o que acreditamos ser possível para nós. Mudar essa relação não acontece do dia para a noite — mas começa com um passo: olhar para dentro.Dinheiro é emocional. E cuidar da mente é o primeiro passo para cuidar do bolso.

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